A Polícia Civil concluiu as investigações da Operação Integration, que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange, no começo do mês. Com isso, o inquérito foi enviado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Caberá ao órgão decidir se denuncia ou não os suspeitos à Justiça, que, por sua vez, poderá ou não os tornar réus. A conclusão das investigações ocorreu na quarta-feira (18).
Também na quarta, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o novo habeas corpus da defesa da influenciadora. A decisão foi do desembargador Otávio de Almeida Toledo.
A defesa da influenciadora fez o novo pedido na terça (17). Nele, a equipe pedia a cassação da medida cautelar que impediu a advogada de se manifestar nas redes sociais e na imprensa – este último a levou de volta para a cadeia, um dia após ser solta.
Para a defesa, a medida cautelar é um instrumento de censura. Além disso, alegaram que Deolane não se manifestou sobre as investigações, mas acerca da prisão. Sobre as redes sociais, os advogados da influenciadora afirmam que o uso das mesmas não tem relação com o crime investigado (lavagem de dinheiro).
Prisão
Deolane e a mãe foram presas durante operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, em 4 de setembro. A ação também apreendeu bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, e bloqueados ativos financeiros que somam R$ 2,1 bilhões.
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Sobre a operação de quarta-feira, ela começou em abril de 2023. A ação resultou na emissão de 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, abrangendo diversas cidades, incluindo Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
No dia 5, a Justiça tinha mantido a prisão preventiva de mãe e filha, após audiência de custódia. Deolane conseguiu, contudo, conseguiu um habeas corpus e deixou a prisão em 9 de setembro, mas foi presa novamente no dia seguinte por falar com a imprensa e descumprir medida cautelar. Ela está detida na Colônia Feminina Penal de Buíque, em Pernambuco, desde então.
Habeas corpus negado
Antes, Deolane já teve um habeas corpus negado pelo STJ. O pedido foi rejeitado pelo desembargador convocado Otávio de Almeida Toledo por questões processuais.
O relator considerou que o mérito da questão ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), e que por isso não pode ser avaliado pelo STJ. Otávio de Almeida Toledo é originalmente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas está atuando na Sexta Turma do STJ em razão da ausência de um ministro titular no colegiado.
Os advogados de Deolane haviam solicitado que fosse revogada a prisão preventiva ou que fosse substituída por medidas cautelares ou prisão domiciliar. A defesa alegou que a influenciadora é mãe de Valentina, de 8 anos.