A vereadora Raissa Lacerda (PSB), que disputa à reeleição, foi presa nesta manhã de quinta-feira (19) pelo que a Polícia Federal (PF) chamou de ‘aliciamento violento de eleitores’ em João Pessoa (PB). Os policiais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Território Livre.
Entre os mandados de busca e apreensão, três foram cumpridos em endereços ligados à vereadora, que está em seu quinto mandato. A investigação responsável pela segunda fase da operação teve início depois da corporação apreender R$ 35 mil em dinheiro, além de documentos, contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares.
A Polícia Federal chamou de aliciamento violento o esquema, liderado por Raissa, que usava violência e outros meios ilegais para tentar obrigar que pessoas de determinados bairros votassem nela. Um quinto investigado ainda não foi preso.
Segundo apurado pelo G1, as prisões foram mantidas em audiência de custódia. A vereadora está detida no Quinto Batalhão de João Pessoa e as outras três suspeitas foram levadas para a Penitenciária Júlia Maranhão.
Em nota publicada nas redes sociais, a assessoria da parlamentar disse que está perplexa e consternada com a prisão da vereadora e que ela é inocente. “Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida.”
As pessoas presas são:
Raissa Lacerda, vereadora de João Pessoa por cinco mandatos e suspeita de liderar o esquema;
Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para que eles votassem em Raíssa;
Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana para influenciar na comunidade. Ela é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida;
Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora da vereadora em Alto do Mateus e suspeita de ter ligação com facções do bairro.